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Quinta-feira, abril 25, 2024
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Relatório de abuso sexual da Igreja portuguesa é divulgado

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O relatório final da Comissão Independente para o Estudo do Abuso Sexual de Crianças na Igreja Católica em Portugal, divulga testemunhos validados relativos a casos de abuso ocorridos entre 1950 e 2022 e aponta para mais de 4,800 vítimas.

Por Linda Bordoni

Reagindo ao relatório final da Comissão Independente encarregada de investigar casos de abuso sexual de menores na Igreja Católica em Portugal, o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse que o seu primeiro pensamento é para as vítimas, e o segundo para a comissão para com quem o Igreja agradece pelo seu trabalho competente, apaixonado e humano.

O relatório de 8 pontos da Comissão aponta para um número mínimo de 4815 vítimas em 70 anos. O órgão foi criado pela Conferência Portuguesa para examinar os abusos nas últimas décadas.

Desculpa

O bispo José Ornelas disse que os resultados não serão ignorados e lançou uma mensagem de conforto às vítimas, prometendo trabalhar pela transparência e justiça.

“Ouvimos coisas que não podemos ignorar. É uma situação dramática a que estamos vivendo”, disse ele, “ressaltando que a Conferência Episcopal não negou as consequências do resultado.

Ele pediu perdão às vítimas e se desculpou por a Igreja não ter compreendido a dimensão do problema.

O abuso sexual infantil é um “crime hediondo”, disse Ornelas em comunicado, acrescentando: “É uma ferida aberta que nos dói e nos constrange”.

À conferência de imprensa na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, estiveram presentes vários especialistas e dirigentes católicos, entre os quais o padre Hanz Zollner, membro da Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores.

O relatório

Em declarações à imprensa, o coordenador e presidente da Comissão, Pedro Strecht, disse que foram validados 512 testemunhos, de um total de 564 recebidos, relativos a casos ocorridos entre 1950 e 2022.

Explicou que os testemunhos, apresentados à organização entre janeiro e outubro do ano passado, apontam para uma rede de vítimas “muito mais extensa”, calculada num “número mínimo, muito mínimo de 4815 vítimas”.

“Não é possível quantificar o número total de crimes”, disse Strecht, já que algumas vítimas foram abusadas várias vezes.

No entanto, ele observou que é importante “não confundir a parte com o todo” e disse que o número de abusadores dentro da Igreja é “baixo”. “A porcentagem de sua existência, conforme praticada pelos membros da Igreja”, explicou Strecht, “é muito pequena, na realidade do tema do abuso sexual de menores em geral”,

Trabalho feito com liberdade

Strecht sublinhou que a Conferência Episcopal Portuguesa “sempre apoiou” esta obra, e agradeceu a todas as vítimas que “ousaram dar voz ao silêncio”.

Falou de um trabalho feito com “liberdade”, reconhecido como necessário por vários dos testemunhos.

Um total de 25 casos foram passados ​​para promotores públicos, muitos outros caíram fora do estatuto de limitações.

Os supostos agressores ainda vivos serão identificados e uma lista com seus nomes será enviada à Igreja Católica e ao Judiciário até o final de fevereiro.

A Comissão Independente cessa as funções para as quais foi designada pelo CEP.

Strecht disse que seus integrantes “chegaram ao fim deste longo e também doloroso trabalho com a sensação de dever cumprido”, e destacou que “a dor da verdade dói, mas liberta”.

No dia 3 de março, em Fátima, está agendada uma assembleia plenária extraordinária do CEP para analisar o relatório da CI.

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