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Sábado, abril 20, 2024
SaúdeCorrupção, um negócio lucrativo para as indústrias farmacêuticas

Corrupção, um negócio lucrativo para as indústrias farmacêuticas

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Gabriel Carrion López
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Gabriel Carrión López: Jumilla, Murcia (ESPANHA), 1962. Escritor, roteirista e cineasta. Atua como jornalista investigativo desde 1985 na imprensa, rádio e televisão. Especialista em seitas e novos movimentos religiosos, publicou dois livros sobre o grupo terrorista ETA. Colabora com a imprensa livre e ministra palestras sobre diversos temas.

Em agosto de 2013, três meses após a entrada de Xi Jinping no governo chinês, um escândalo de corrupção estourou no sistema médico nacional, habilmente exercido pelas multinacionais farmacêuticas sediadas naquele país. A campanha lançada para apurar responsabilidades terminou com a detenção de quatro altos funcionários da multinacional britânica GlaxoSmithKline (GSK) e o impedimento de outros 18 altos funcionários de deixarem o país asiático. Na ocasião, a agência noticiosa oficial Xinhua disse que alguns dos investigados eram …suspeitos de oferecer suborno a médicos, pedindo-lhes que prescrevessem mais medicamentos para aumentar o volume de vendas; e ao mesmo tempo elevando os preços….

Segundo um estudo realizado na época, há apenas dez anos, o setor farmacêutico, devido à corrupção que eles próprios promoveram, teve que aumentar em 20% o preço de varejo dos medicamentos. Na ocasião, diversas empresas do setor, entre elas a Johnson & Johnson, foram sancionadas. Graças à ampla cobertura da agência de notícias chinesa, agora temos detalhes valiosos de como as empresas farmacêuticas agiram para vender um medicamento para pacientes respiratórios em 10 hospitais da capital da província de Henan, Zhengzhou: ... conferências acadêmicas de alto nível para ajudá-los a ganhar influência em seus campos. Eles também estabeleceram boas relações pessoais com os médicos, atendendo a seus prazeres e oferecendo-lhes dinheiro para prescrever mais medicamentos.

Uma representante de vendas desses grupos (GSK) chegou a afirmar que ela entrava em consultórios médicos e até atendia suas necessidades sexuais, afirmando que os executivos da empresa na China sabiam de tudo o que estava acontecendo, e alguns deles até estabeleceram uma meta, no entanto, para aumentar os negócios nessa área em 30%.

Logo após a investigação, dois meses depois, em julho, a GlaxoSmithKline (GSK) admitiu ter substituído o chefe daquela subsidiária, Mark Reilly, com o francês Hervé Gisserot. A AstraZeneca, a francesa Sanofi e a norte-americana Eli Lilly também foram investigadas, embora em menor escala. Este último também pagou 22 milhões de euros no Estados Unidos em dezembro de 2012 para encerrar as alegações de que seus funcionários deram dinheiro e presentes a autoridades na China, Brasil, Rússia e Polônia. A Pfizer, uma das maiores farmacêuticas mundiais, com sede nos Estados Unidos, tinha aceite um ano antes um pagamento de 45.3 milhões de euros pelas mesmas circunstâncias.

Naquela ocasião, a Food and Drug Administration confirmou a necessidade de tomar medidas rápidas, repressões, novamente. Não se deve esquecer que anos antes, em 2007, o chefe do FDA, Zheng Xiaoyu, foi condenado à morte e executado porque aceitou dinheiro em troca de permitir a comercialização de produtos falsificados.

Os nomes no artigo são certamente reconhecíveis nos mercados de saúde em todo o mundo.

As notícias nos últimos 10 anos de pagamentos multimilionários de empresas farmacêuticas quando são pegas em flagrante nos fazem pensar que nós, humanos, somos apenas clientes, cobaias em alguns casos e meros números em relatórios anuais de lucros e perdas.

De acordo com um ranking atualizado até 1º de janeiro de 2023, as cinco maiores empresas do mundo em valor de mercado, ou quanto valem, seriam: Johnson & Johnson (US$ 440.04 bilhões), Eli Lilly (US$ 320.13 bilhões), Novo Nordisk ( US$ 314.65 bilhões), Merk (US$ 275.14 bilhões) e Abbvie (US$ 261.18 bilhões). A atualização do mercado de ações foi feita a partir de 2021. Hoje, outras empresas, como a Pfizer, sem dúvida subiram no ranking mundial de lucros do mercado de ações.

O portal profissional es.statista.com, em sua seção de estatísticas, nos fornece os números de receita das empresas farmacêuticas em todo o mundo, incluindo o valor de 2021, que foi de cerca de 1.40 bilhão de dólares americanos. Com esta figura, tudo está dito e feito. O que pagam pelas ações judiciais ou pela folia de algumas pessoas ligadas à área da saúde, sejam eles médicos, enfermeiros, políticos, etc., é mera mesada. Não diremos, como o governo chinês ou a Rainha de Copas na história de Alice no País das Maravilhas, “Cortem-lhes as cabeças!!!”, mas talvez possamos comentar que de vez em quando se poderia dar o exemplo de algumas essas empresas ou alguns desses ditos comerciantes, que abundam no sistema de saúde público e privado de qualquer país do mundo.

Fontes:
Jornal EL PAIS, segunda-feira, 5 de agosto de 2013, autor José Reinoso. https://es.statista.com/estadisticas/635153/ingresos-mundiales-del-sector-farmaceutico/

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