A maior estátua antiga do Vaticano está passando por restauração, informou a AP. Acredita-se que o Hércules dourado de 4 metros de altura tenha estado no teatro de Pompeia, na Roma antiga.
Os restauradores do Salão Redondo do Museu do Vaticano estão removendo séculos de sujeira do Hércules dourado.
Por mais de 150 anos, a estátua de 4 metros de altura foi colocada em um nicho. Não chama a atenção entre outras exposições antigas por causa da cor escura que adquiriu ao longo do tempo.
Depois de remover uma camada de cera e outros materiais de uma restauração do século 19, os especialistas do Vaticano entenderam seu verdadeiro valor.
O banho de ouro está extremamente bem preservado, disse a restauradora Alice Baltera. A estátua é fundida em bronze. Foi descoberto em 1864 em uma vila perto do “Campo dei Fiori” em Roma. O Papa Pio IX adicionou a obra à coleção papal.
É datado entre os séculos I e III. Para distinguir a sua origem posterior, tem nomes de “família”: o do Papa – Mastai, e o do banqueiro em cuja villa foi encontrado – Righetti.
A estátua é acompanhada por uma placa de mármore com a inscrição FCS – uma abreviação da frase latina “fulgur conditum summanium” (“Aqui jaz enterrado o raio de Sumanus”).
Isso significa que ela foi atingida por um raio, disse Claudia Valeri, curadora do departamento de antiguidades gregas e romanas do Museu do Vaticano.
Sumanus era uma antiga divindade romana do trovão. Os romanos acreditavam que qualquer objeto atingido por um raio estava imbuído de poder divino.
Foto: Restauradores trabalham na estátua de bronze de Hércules na Sala Redonda dos Museus do Vaticano/AP