O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sublinhou que “nada pode justificar o terror e a crueldade desencadeados pelo Hamas contra Israel” e insistiu que Israel tem o direito de se defender, em conformidade com o direito humanitário internacional. Sublinhando que “cada vida civil é importante”, o Presidente Michel observou que “um cerco total não está em conformidade com o direito internacional” e apelou a pausas humanitárias e corredores para Gaza, para garantir que a ajuda chega aos necessitados.
Reafirmou também o forte apoio da UE à Ucrânia, “enquanto for necessário” e elogiou o progresso do país rumo à adesão à UE. Charles Michel referiu-se também às discussões sobre o orçamento de longo prazo da UE, que deverá manter a Ucrânia como uma prioridade, juntamente com a migração, a segurança, a defesa e a solidariedade entre os Estados-membros.
A Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, enfatizou a terrível situação humanitária no Médio Oriente e o empenho da UE na ajuda e na procura de uma solução de dois Estados para Israel e a Palestina. Ela disse que a UE aumentou a ajuda a Gaza e está a trabalhar num corredor de ajuda marítima a partir de Chipre. “A dor de civis inocentes no Médio Oriente abala a consciência do mundo”, disse ela, sublinhando a urgência da situação. Ela também discutiu o alargamento da UE, com foco na promoção das perspectivas de adesão da Ucrânia, Moldávia e Geórgia, com o objectivo geral de fortalecer a União económica e politicamente.
Os eurodeputados reiteraram a sua condenação dos ataques terroristas perpetrados pelo Hamas, ao mesmo tempo que sublinharam a necessidade de proteger os civis, evitar punições colectivas e garantir que a ajuda humanitária chega aos civis. Vários oradores apelaram à libertação imediata dos reféns e a uma pausa humanitária nos combates, e sublinharam a necessidade de evitar uma escalada de violência e um círculo vicioso de represálias.
Alguns eurodeputados também levantaram a necessidade de recursos financeiros adicionais como parte da revisão do orçamento de longo prazo da UE, para responder à situação no Médio Oriente e aumentar a segurança na Europa, e apelaram a uma conferência internacional de paz.
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