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75 anos depois: os passos pioneiros rumo à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa

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No rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a Europa era um continente em busca de paz, estabilidade e unidade. Num contexto de devastação e divisão, os líderes visionários reconheceram a necessidade urgente de um fórum para promover o diálogo e a cooperação além das fronteiras nacionais. Este ano marca o 75º aniversário de um momento significativo nesta busca: a primeira reunião do órgão que acabaria por evoluir para a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE).

Contexto Histórico da Assembleia Parlamentar

As sementes do que viria a ser o Conselho de Europa foram plantadas entre as ruínas ideológicas e físicas de um continente devastado pela guerra. Os horrores da guerra sublinharam a necessidade de um esforço colectivo para garantir uma paz duradoura e salvaguardar direitos humanos. Winston Churchill, no seu famoso discurso de Zurique em 1946, apelou a “Estados Unidos da América”. Europa”, ecoando um sentimento generalizado por uma maior colaboração (Churchill, 1946: Universidade de Zurique).

Neste meio, o Tratado de Londres foi assinado em 5 de maio de 1949, estabelecendo o Conselho da Europa, a primeira organização europeia criada para promover a democracia, direitos humanose o Estado de direito (Conselho da Europa, 2023). Poucos meses depois, em 10 de Agosto de 1949, o precursor da actual Assembleia Parlamentar reuniu-se para a sua sessão inaugural em Estrasburgo.

A Reunião Inaugural

A reunião de agosto de 1949, então conhecida como Assembleia Consultiva, foi um evento seminal. Reuniu 87 parlamentares dos dez estados membros fundadores do Conselho: Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Suécia e Reino Unido. Com a tarefa de fornecer orientação política e um fórum para debate, este encontro marcou uma nova experiência em democracia supranacional (Heffernan, 2002).

O simbolismo de Estrasburgo, escolhida pela sua posição geográfica e histórica, abrangendo as divisões culturais e nacionais da Europa, não passou despercebida aos presentes. Os membros embarcaram numa agenda ambiciosa: colmatar as divisões da Europa e lançar as bases para a cooperação e a unidade.

Em primeiro lugar na agenda da assembleia estava a necessidade de construir um quadro comum para os direitos humanos. Esta reunião inicial contribuiu para o trabalho de base para a Convenção Europeia dos Direitos Humanos de 1950, um tratado histórico que procurou consagrar e proteger os direitos e liberdades fundamentais dos indivíduos – uma pedra angular ainda activa e vital hoje (Harris, O'Boyle, & Warbrick, 2009).

Evolução da Assembleia

Ao longo dos anos, a Assembleia evoluiu de um órgão consultivo para uma força mais pró-activa dentro do Conselho da Europa. Hoje, com 46 Estados-Membros, o PACE funciona como uma plataforma única de diálogo em todo o espectro da política europeia. Elege figuras-chave como o Secretário-Geral e os juízes do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, serve como guardião dos padrões democráticos e aborda questões prementes que o continente enfrenta, desde a migração à privacidade digital (Costa, 2013).

O trabalho da Assembleia reflecte hoje a evolução do panorama político da Europa. Tem estado na vanguarda dos esforços para enfrentar os desafios contemporâneos, como a ascensão do populismo, os direitos dos refugiados e a erosão dos princípios democráticos em certos estados. Estes esforços reafirmam a relevância e o compromisso contínuos da Assembleia para com uma Europa unida e democrática.

Uma arena robusta de diálogo

Ao assinalarmos o 75º aniversário da primeira reunião que se tornaria a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, é apropriado reflectir sobre o progresso e a promessa desta instituição vital. O que começou como uma modesta consulta aos parlamentares europeus amadureceu e tornou-se uma arena robusta para o diálogo, a defesa e a acção. O seu legado duradouro é um testemunho do poder da cooperação e um farol para a busca contínua da paz, da democracia e dos direitos humanos em toda a Europa.

Referências

  • Churchill, W. (1946). “Estados Unidos da Europa”. Discurso proferido na Universidade de Zurique. Disponível em: Sociedade Churchill
  • Conselho da Europa. (2023). "História". Disponível em: Conselho da Europa
  • Heffernan, M. (2002). “A Experiência Europeia: Reflexões Históricas sobre 50 Anos de Integração Europeia”. Disponível em Biblioteca Online de Wiley
  • Harris, DJ, O'Boyle, M., Bates, EP e Warbrick, C. (2009). “Lei da Convenção Europeia dos Direitos Humanos”. Imprensa da Universidade de Oxford. Disponível em: Acadêmico de Oxford
  • Costa, J.-P. (2013). “O Papel da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa”. No Jornal Europeu de Direito Internacional. Disponível em: EJIL
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