O tratamento sócio-judicial da violência doméstica na França é motivo de preocupação. Em um momento em que nosso país, o autoproclamado defensor dos direitos humanos, está lutando para proteger as crianças e seus pais protetores da violência doméstica, é crucial destacar o sério mau funcionamento de nossas instituições. Essas práticas, que descrevo em um arquivo submetido ao Comitê das Nações Unidas contra a Tortura como uma forma de tortura institucionalizada, expõem as vítimas a uma dupla penalidade: a da violência sofrida e a dos procedimentos que as condenam à injustiça e criam novos traumas.