A falta de atividades ao ar livre devido à pandemia do novo coronavírus piorou significativamente a qualidade de vida, segundo dados de um estudo internacional citado pela UPI.
A pesquisa, conduzida por pesquisadores israelenses, envolveu cerca de 12,000 adultos em 40 países, incluindo os Estados Unidos.
Mais de um terço dos entrevistados admitem que seu sono se deteriorou seriamente durante o fechamento de escolas, empresas e a proibição de ir para casa sem um bom motivo.
As restrições também reduziram a produtividade do trabalho em mais de dois terços das pessoas. Mais da metade dos participantes admitiu ter limitado sua atividade física.
“Limitar o tempo ao ar livre tem um efeito negativo na saúde mental e física”, disse a coautora do estudo, Maria Corman, da Universidade de Ariel, na Cisjordânia.
Segundo ela, a exposição insuficiente à luz do dia e o aumento do uso de diversos dispositivos eletrônicos contribuem significativamente para a deterioração da qualidade de vida.
Corman explica que a falta de luz do dia tem um efeito negativo no sono e isso foi comprovado por vários estudos. Como resultado, as pessoas não conseguem dormir bem.
“Tais mudanças nos padrões de sono atrapalham outros aspectos da vida”, diz ela. “A luz do dia suporta o estado de alerta, humor, vitalidade, função cognitiva e regula nosso relógio biológico.”
De acordo com Maria Corman, as estratégias para melhorar o bem-estar durante uma pandemia, e especialmente durante as restrições sociais, devem incentivar mais exposição à luz do dia.
Os dados da pesquisa são publicados no Journal of Sleep Research.