A Bulgária ainda não cumpre totalmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico de seres humanos, mas está a envidar esforços significativos nesse sentido. Isso é afirmado no último Relatório sobre Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado dos EUA, citado pelo BNR.
O documento diz que apesar da pandemia de Covid-19, o governo búlgaro tem demonstrado maiores esforços na luta contra o tráfico de seres humanos.
Entre os passos positivos observados estão o aumento do financiamento para uma estratégia nacional, mais financiamento para crianças em centros de crise e cooperação no cenário internacional, que inclui a criação de uma brochura para búlgaros que trabalham no exterior com informações sobre seus direitos.
Ao mesmo tempo, o governo não atendeu aos padrões mínimos em várias áreas-chave, disse o relatório. Entre elas estão sentenças menores contra a maioria dos traficantes condenados. Algo que, segundo o documento, poderia prejudicar os esforços para enfrentar o problema.
O relatório acrescentou: “A corrupção entre a aplicação da lei e o judiciário continua a dificultar o progresso e a suposta cumplicidade em crimes relacionados ao tráfico continua impune”.
A Bulgária também é apresentada como um dos países que são as principais fontes de tráfico de seres humanos na União Europeia.
Este é o 21º relatório do Departamento de Estado sobre o assunto, no qual estão representados 188 países.
Cada país é colocado em um determinado nível. Os países da primeira rodada cumprem os padrões internacionais. Aqueles no segundo nível, incluindo a Bulgária, é importante mostrar progressos no cumprimento das normas. Se cair na terceira rodada, significa que as partes não se esforçam para cumprir as condições mínimas e isso pode levar a restrições.
Este ano, 17 dos países enfrentam potenciais sanções dos EUA porque acredita-se que não fizeram o suficiente para combater o tráfico de seres humanos. Alguns aliados dos EUA, como Nova Zelândia, Portugal, Israel e Noruega, também foram criticados por estarem no segundo turno.
O novo relatório abrange o período de 1º de abril de 2020 a 31 de março de 2021 e aponta que a pandemia colocou milhões em risco de exploração e desviou a atenção dos governos para lidar com o tráfico de pessoas.