O primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, fez um discurso apaixonado, instando os eurodeputados a defender os fundamentos da liberdade e do respeito em que a UE se baseia face ao populismo e aos desafios globais e internos.
Sublinhou que é vital que a UE se mantenha aberta, tanto ao mundo como entre os seus próprios Estados-membros, apesar das elevadas tensões geopolíticas, que fomentam o proteccionismo. “Nossos problemas são comuns. O protecionismo deixa você mais pobre”, disse Bettel.
O primeiro-ministro de Luxemburgo instou os legisladores a proteger a liberdade de movimento e o mercado interno na legislação futura e pediu uma “política europeia de migração verdadeiramente comum” com base no proposto Pacto Europeu de Asilo e Migração. Ele também apontou diretamente para aqueles que buscam minar o estado de direito na UE e disse que deve permanecer a espinha dorsal da UE, inclusive na defesa dos direitos das minorias, que alguns na UE tentam silenciar.
Sobre a guerra na Ucrânia, Bettel exortou a UE a continuar unida contra a “agressão inaceitável da Rússia”, entregando armas, ajuda financeira e esforços de reconstrução à Ucrânia, acompanhando-a no caminho para uma eventual adesão à UE.
Reações dos deputados
Os eurodeputados saudaram os compromissos do primeiro-ministro Bettel em construir um mundo mais igualitário Europa, defendendo o estado de direito na UE, o Pacto Ecológico Europeu e as reformas institucionais relacionadas com as próximas eleições europeias. Alguns eurodeputados advertiram que a UE está numa encruzilhada, enfrentando a guerra russa na Ucrânia e pediram que a Europa tenha suas próprias forças militares independentes e mais soberania europeia baseada na unidade, enquanto outros criticaram o regime de impostos corporativos de Luxemburgo.
Contexto
Este foi o nono “Este é Europa” debate em plenário, na sequência Presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda em 14 de março de 2023, e debates em 2022 com A primeira-ministra estoniana Kaja Kallas, Primeiro ministro italiano Mario Draghi, Taoiseach Micheál Martin da Irlanda, Primeiro-ministro croata Andrej Plenković, Primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, Primeira-ministra finlandesa Sanna Marin e Primeiro-ministro da Eslovênia, Robert Golob.