No último dia da presidência sueca do Conselho da UE, os estados membros, ao nível do Comité de Representantes Permanentes – COREPER I, aprovaram uma proposta legislativa que preserva a anterior abordagem à classificação dos óleos essenciais, o Ministério da Saúde reportada.
Relativamente à proposta de Regulamento da Comissão Europeia que altera a legislação relativa à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas, o Conselho aceitou os argumentos da Bulgária e de outros sete Estados-Membros sobre as dificuldades na adoção da abordagem proposta e incluiu uma cláusula de revisão exigindo novos análises pela Comissão a serem apresentadas após 4 anos.
A posição em defesa dos produtores de oleaginosas essenciais da Bulgária foi apresentada pelo Ministro da Agricultura e Alimentação, Kiril Vatev, na reunião do Conselho de Agricultura e Pescas, que decorreu nos dias 26 e 27 de junho no Luxemburgo. Ele então afirmou que a Bulgária insiste em manter a abordagem atual para a classificação dos óleos essenciais, a fim de continuar o cultivo tradicional das culturas da UE de onde são extraídos e preservar a renda dos agricultores e trabalhadores sazonais empregados no setor. O Ministro Vatev insistiu que os óleos essenciais sejam excluídos do conceito de substâncias complexas, para que continuem a ser classificados pelas regras atuais como substâncias e não como misturas.
A decisão do Conselho da UE é um desenvolvimento positivo para os produtores de ingredientes naturais para perfumaria e cosméticos. As negociações com o Parlamento Europeu para chegar a um acordo sobre o texto final do regulamento ainda estão pendentes.
O ministro Vatev comentou que a decisão tomada foi uma conquista de todo o governo e pessoalmente do primeiro-ministro Nikolay Denkov. O primeiro-ministro defendeu categoricamente o óleo de rosa búlgaro e outros óleos essenciais naturais na reunião do Conselho Europeu. Durante o debate sobre o tema “Economia”, apontou uma omissão significativa no projeto de Regulamento de Classificação, Rotulagem e Embalagem de Produtos Químicos (CLP), que coloca os óleos essenciais na coluna das misturas químicas perigosas. “Quando discutimos se algo é prejudicial, temos que olhar não só o que é a substância, mas também qual é a sua concentração. Depende dela se a substância é perigosa ou não. No texto do regulamento, que está a ser apresentado, falta a palavra “concentração”, explicou aos jornalistas em Bruxelas o académico Nikolay Denkov, que é um cientista de renome mundial na área da química e físico-química.
Diante dos outros líderes, o primeiro-ministro búlgaro definiu o regulamento europeu que está sendo preparado como um abuso da ciência. Ele pediu especificamente à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para refinar o texto porque “não é tão científico quanto deveria ser”, e recebeu sua compreensão.