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Segunda-feira, abril 29, 2024
NovidadesRevelando a trama invisível: ação social de denominações religiosas minoritárias na Espanha

Revelando a trama invisível: ação social de denominações religiosas minoritárias na Espanha

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Numa análise abrangente da acção social das denominações religiosas minoritárias em Espanha, os académicos Sebastián Mora Rosado, Guillermo Fernández Maillo, José Antonio López-Ruiz e Agustín Blanco Martín publicam as suas descobertas reveladoras em volume 3, número 2 de “Cuestiones de Pluralismo” para o segundo semestre de 2023.

O artigo destaca que a sociedade europeia sofreu uma profunda transformação na sua experiência religiosa, apesar das previsões das sociologias da secularização que previram o seu desaparecimento. Neste contexto, a Espanha enfrenta desafios únicos, marcados por uma tendência persistente de tornar invisível a diversidade religiosa. Segundo Díez de Velasco (2013), existe uma percepção profundamente enraizada que liga a diversidade religiosa à estranheza e a catolicidade à espanholaidade.

O estudo, apoiado pela Fundação Pluralismo e Coexistência, aborda a falta de conhecimento público sobre a ação social das confissões religiosas não católicas na Espanha. Embora alguns estudos parciais tenham sido realizados, a pesquisa apresenta-se como uma iniciativa pioneira ao fornecer uma visão mais completa desta realidade social.

No âmbito da pesquisa, a participação de confissões como budista, evangélica, Fé Bahá'í, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Igreja de Scientology, Judeus, Muçulmanos, Ortodoxos, Testemunhas de Jeová e Sikh são destacados. A abordagem abrange análises quantitativas e qualitativas para “mapear” a acção social destas religiões, examinando recursos, percepções e valores intrínsecos.

Uma das principais conclusões é a baixa visibilidade destas ações sociais em comparação com outros países que se aprofundaram em análises semelhantes. Os resultados revelam que, em termos gerais, estas denominações realizam o seu trabalho social a nível local, com pequenas estruturas e um forte envolvimento de voluntários. Além disso, o financiamento provém principalmente de recursos próprios, com apoio limitado do sector público ou privado.

O artigo também destaca a complexidade da relação entre essas denominações e as administrações públicas. Embora algumas denominações pretendam um reconhecimento específico como entidades religiosas no domínio da acção social, isto pode colocar desafios em termos de secularismo e liberdade de consciência, bem como contradizer princípios de igualdade na atribuição de serviços públicos.

O estudo destaca a importância da ação social organizada, com foco em programas de assistência básica e ações de promoção social. Também destaca a peculiaridade do apoio interno que estas denominações proporcionam aos seus próprios seguidores, ao mesmo tempo que mantêm um compromisso aberto com aqueles que não partilham as suas crenças.

Uma questão que paira sobre o estudo é a percepção de que essas ações sociais podem ser motivadas pelo proselitismo. Contudo, os participantes dos grupos focais enfatizam a separação entre a acção social e o proselitismo, defendendo a importância de atender às necessidades espirituais sem se envolver em práticas invasivas.

Por fim, os autores concluem apontando a necessidade de reverter a invisibilização destas confissões religiosas e de incentivar a sua colaboração com outras entidades de ação social públicas e do terceiro setor. Consideram que a ação social pode ser o espaço privilegiado para mostrar a dimensão pública e social destas tradições religiosas, contribuindo assim para a construção de uma sociedade pós-secular, plural e democrática. A tarefa, embora desafiadora, é percebida como essencial para a construção de uma sociedade onde a diversidade religiosa seja um verdadeiro “reservatório de sentido” para a cidadania.

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