Em um artigo do afirmação que repercutiu na comunidade internacional, a União Europeia manifestou a sua profunda indignação pela morte de Alexei Navalny, uma proeminente figura da oposição russa. A UE considera o presidente russo, Vladimir Putin, e as autoridades do país “responsáveis em última instância” por Navalnyé a morte.
“A União Europeia está indignada com a morte do político da oposição russa Alexei Navalny, pela qual a responsabilidade final cabe ao Presidente Putin e às autoridades russas”, afirmou o Alto Representante em nome da UE. A declaração foi feita na sequência de uma reunião no Conselho dos Negócios Estrangeiros, onde foram apresentadas profundas condolências à esposa de Navalny, Yulia Navalnaya, aos seus filhos, familiares, amigos e a todos os que com ele colaboraram para a melhoria da Rússia.
A UE exigiu que a Rússia permitisse “uma investigação internacional independente e transparente sobre as circunstâncias da sua morte súbita”. Prometeu coordenar-se estreitamente com os seus parceiros para responsabilizar a liderança política da Rússia, sugerindo a imposição de novas sanções como consequência das suas ações.
A morte de Navalny provocou uma onda global de pesar, com homenagens sendo prestadas em todo o mundo. Contudo, na Rússia, as autoridades tentaram reprimir estes memoriais, detendo várias centenas de pessoas no processo. A UE apelou à sua libertação imediata.
O regresso de Navalny à Rússia depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato envolvendo o agente nervoso “Novichok” – uma substância proibida pela Convenção sobre Armas Químicas – marcou-o como uma figura de imensa bravura. Apesar de enfrentar acusações por motivos políticos e de estar isolado numa colónia penal na Sibéria, Navalny continuou o seu trabalho, com o seu acesso à família severamente restringido e os seus advogados enfrentando assédio.
A UE condenou sistematicamente o envenenamento de Navalny e os julgamentos por motivos políticos contra ele, exigindo a sua libertação imediata e incondicional e apelando à Rússia para que garanta a sua segurança e saúde.
“Ao longo da sua vida, o Sr. Navalny demonstrou uma coragem incrível, dedicação ao seu país e aos seus concidadãos, e determinação no seu trabalho anticorrupção em toda a Rússia”, destacou o comunicado. Ressaltou o medo que Navalny incutiu em Putin e no seu regime, especialmente no meio da guerra ilegal de agressão da Rússia contra a Ucrânia e das próximas eleições presidenciais russas em março.
A morte de Navalny é vista como um testemunho “chocante” da “repressão acelerada e sistemática na Rússia”. A UE reiterou o seu apelo à libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos na Rússia, incluindo Yuri Dmitriev, Vladimir Kara-Murza, Ilya Yashin, Alexei Gorinov, Lilia Chanysheva, Ksenia Fadeeva, Alexandra Skochilenko e Ivan Safronov.
Esta declaração marca um momento significativo nas relações UE-Rússia, reflectindo a posição da UE em relação às violações dos direitos humanos e a sua disponibilidade para tomar medidas contra aqueles considerados responsáveis.