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Domingo abril 28, 2024
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Escândalo atinge MIVILUDES na França

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Juan Sanches Gil
Juan Sanches Gil
Juan Sanchez Gil - em The European Times Notícias - Principalmente nas linhas de trás. Reportando questões de ética corporativa, social e governamental na Europa e internacionalmente, com ênfase em direitos fundamentais. Dando voz também àqueles que não são ouvidos pela mídia em geral.

Em um artigo do exposição recente pelo jornalista Steve Eisenberg para RELIGACTU, a Mission Interministérielle de Lutte contre les Dérives Sectaires (MIVILUDES) em França encontra-se envolvida num profundo escândalo financeiro que abalou a nação.

O escândalo desdobrou-se em duas fases, com a primeira revelação vindo do Cour des Comptes, que emitiu um relatório contundente sobre a gestão do financiamento do projecto MIVILUDES e a distribuição de subvenções a associações anti-sectárias. Segundo o presidente do Tribunal de Contas, Pierre Moscovici, “a análise dos procedimentos de gestão dos fundos revela graves deficiências. Estas deficiências tornaram-se ainda mais evidentes durante as convocatórias de projetos nacionais lançadas em 2021, a primeira das quais se destinava à “luta contra as derivas sectárias”.

O Presidente Moscovici destacou inúmeras irregularidades na gestão dos fundos públicos, incluindo a aprovação de pedidos de subvenção incompletos, a falta de documentos comprovativos obrigatórios, a falta de controlo e monitorização dos fundos, a não solicitação de reembolsos para projetos não executados, pagamentos indevidos a determinadas associações, entre outras. Como resultado, o Tribunal de Contas remeteu o assunto ao Ministério Público para uma investigação mais aprofundada, cabendo agora à Câmara de Assuntos Contenciosos a supervisão judicial. Moscovici enfatizou a gravidade da situação, afirmando que a Câmara irá investigar, potencialmente processar e condenar os responsáveis, chamando-o de “assunto sério”.

No dia seguinte, o Le Monde lançou luz sobre os acontecimentos que levaram ao envolvimento da Câmara de Contencioso. Num artigo intitulado “Um ano após o escândalo do Fundo Marianne, o escrutínio sobre MIVILUDES'Gestão”, o jornalista Samuel Laurent confirmou que uma série de queixas foram apresentadas contra MIVILUDES e várias associações anti-sectárias por alegada apropriação indébita de fundos públicos, quebra de confiança, conflito de interesses e falsificação. Estas denúncias foram apresentadas por uma associação conhecida como CAPLC (Coordenação de Associações e Indivíduos pela Liberdade de Consciência).

Particularmente preocupantes foram as subvenções substanciais (mais de metade do financiamento do projeto de 2021 de um milhão de euros) concedidas a duas associações cujos presidentes também fizeram parte do Comité Diretor do MIVILUDES: UNADFI (União Nacional das Associações para a Defesa das Famílias e dos Indivíduos) liderada pela Presidente Joséphine Cesbron (cujo marido também atua como advogado da UNADFI, levantando suspeitas de conflito de interesses), e CCMM (Centro Contra Manipulações Mentais) liderado pelo Presidente Francis Auzeville.

Além disso, os projetos financiados que nunca se concretizaram deveriam ter desencadeado reembolsos de subvenções. Em vez disso, a MIVILUDES renovou as subvenções no ano seguinte, apesar de ter conhecimento das irregularidades. O artigo do Le Monde citava fontes internas que confirmavam repetidas advertências sobre os riscos jurídicos que essas irregularidades representam para a gestão do CIPDR e para o gabinete do Secretário de Estado.

Em resposta às alegações, o presidente do MIVILUDES, Donatien Le Vaillant, defendeu as ações da organização afirmando que uma reforma do processo de atribuição de subvenções foi iniciada desde novembro de 2023. No entanto, esta resposta surge após alertas que datam de 2021, levantando dúvidas sobre a sua eficácia em reprimir a controvérsia e evitar condenações criminais.

O escândalo em curso lançou uma sombra sobre MIVILUDES e levantou sérias questões sobre a gestão de fundos públicos e conflitos de interesses dentro da organização. À medida que as investigações continuam e os processos judiciais se aproximam, o futuro da MIVILUDES permanece incerto no meio da turbulência.

A reportagem do Le Monde trouxe à luz um escândalo que abalou os alicerces do MIVILUDES e desencadeou um debate nacional sobre responsabilização e transparência nas instituições públicas.

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