Revendo o último Conselho da UE, os eurodeputados apelaram à ação da UE para melhorar o setor industrial, apoiar as famílias e as empresas e continuar a apoiar a Ucrânia.
“O mundo está mais perigoso hoje”, reconheceu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacando o apoio da UE ao multilateralismo e a uma ordem baseada em regras e destacando a necessidade de “lidar com a China e não dissociar-se” dela. Ele saudou o endosso dos líderes para enviar armas e munições adicionais para a Ucrânia, um grande passo em direção a um sistema de defesa europeu. Em relação à competitividade a longo prazo, Michel disse que a Europa deve se tornar “uma potência de inovação”, particularmente em energia renovável e tecnologias limpas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE, dadas suas metas ambiciosas para a implantação de energias renováveis, precisa criar um melhor ambiente regulatório para os fabricantes europeus de tecnologias limpas, destacando a importância de matérias-primas críticas para garantir o verde e digital transições.
Passando à guerra na Ucrânia, ela reiterou que o EU continuará apoiando Kiev custe o que custar e descreveu a decisão do Tribunal Penal Internacional de emitir um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, como um “passo à frente”. Von der Leyen também enfatizou que a comunidade internacional precisa fazer todo o possível para trazer para casa todas as crianças ucranianas deportadas ilegalmente para a Rússia desde o início da guerra.
Muitos deputados do Parlamento Europeu centraram-se na estratégia e competitividade industrial internacional, alguns destacando a necessidade de travar a perda de força industrial e de empregos na Europa. Outros exortaram a UE a falar a uma só voz, por exemplo, no que diz respeito à China, e a reduzir a dependência de terceiros países.
Sobre migração, a maioria dos palestrantes insistiu que ambição e coragem são necessárias para ter sucesso nas negociações sobre o pacto de migração e asilo, referindo-se a tópicos-chave como a distribuição justa de migrantes e requerentes de asilo entre os Estados membros e combatendo as causas profundas da migração.
Vários eurodeputados argumentaram que são necessários mais acordos comerciais internacionais (com os existentes exigindo atualizações), enquanto outros se concentraram em questões de segurança e política externa, pedindo que as relações transatlânticas fossem protegidas e fortalecidas. Muitos também destacaram a necessidade de continuar apoiando a Ucrânia e garantir que a Rússia seja responsabilizada por sua guerra de agressão.
Alguns palestrantes criticaram a abordagem da UE para lidar com crises recentes e políticas comuns como o Acordo Verde Europeu, e pediram que mais decisões fossem tomadas em nível de estado membro. Em contraste, muitos outros exigiram maior cooperação, o fim dos vetos e não mais perda de tempo no Conselho para apoiar famílias e empresas de ameaças como aumento da inflação e contas de energia.
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