Por Deborah Castellano Lubov
O logotipo oficial do próximo Jubileu que será realizado em 2025 foi revelado.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira Sala Régia do Palácio Apostólico do Vaticano, o Vaticano revelou o logotipo oficial para o próximo ano do Jubileu.
O então Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, agora inserido no novo Dicastério para a Evangelização, foi encarregado de coordenar os preparativos da Santa Sé para o Ano Santo de 2025 com o lema: “Peregrinos da Esperança”.
O ex-presidente do Conselho, o arcebispo Rino Fisichella, revelou o logotipo e lembrou que, à medida que os preparativos começam na Igreja para o Ano Santo, seu Dicastério lançou um concurso, aberto a todos, para a criação do logotipo.
Um total de 294 inscrições foram recebidas de 213 cidades e 48 países diferentes, disse ele, observando que os participantes tinham idades entre 6 e 83 anos.
Durante o julgamento, os trabalhos foram identificados apenas por um número para que o autor permanecesse anônimo.
Em 11 de junho, o arcebispo Fisichella apresentou os três projetos finais ao Papa Francisco para selecionar aquele que mais o impressionou.
“Depois de olhar os projetos várias vezes e expressar sua preferência, o projeto de Giacomo Travisani foi escolhido”, disse o arcebispo Fisichella.
Giacomo Travisani, presente esta noite, refletiu sobre o que motivou sua submissão. Ele disse como imaginou todas as pessoas caminhando juntas, capazes de avançar “graças ao vento da Esperança que é a Cruz de Cristo e o próprio Cristo. ”
Logotipo vencedor
O logotipo mostra quatro figuras estilizadas para indicar toda a humanidade dos quatro cantos da terra. Cada um se abraça, indicando a solidariedade e a fraternidade que deve unir os povos. A primeira figura está agarrada à Cruz. As ondas subjacentes são agitadas para indicar que a peregrinação da vida nem sempre é em águas calmas.
Porque muitas vezes as circunstâncias pessoais e os eventos mundiais exigem um maior senso de esperança, diz uma descrição do Logo, a parte inferior da Cruz é alongada tornando-se uma âncora, que domina o movimento das ondas.
Âncoras muitas vezes têm sido usadas como metáforas para a esperança.
A imagem mostra como o caminho do peregrino não é individual, mas comunitário, com os sinais de um dinamismo crescente que se dirige cada vez mais para a Cruz.
“A Cruz não é estática”, sugeriu Fisichella, “mas dinâmica, inclinando-se e encontrando a humanidade como se não a deixasse sozinha, mas oferecendo a certeza de sua presença e a certeza da esperança”.
O lema do Jubileu 2025, Peregrinantes em Spem também é claramente visível na cor verde.
Urgência para viver o Jubileu à luz da esperança
O arcebispo Fisichella refletiu sobre os Jubileus e por que o próximo é significativo.
“Cada Ano Santo na história da Igreja”, disse ele, “assumiu todo o seu significado quando é inserido no contexto histórico que a humanidade vive naquele momento e, particularmente, quando é capaz de ler os sinais de ansiedade e agitação combinada com as expectativas percebidas das pessoas.
“A vulnerabilidade vivida nos últimos anos, juntamente com o medo da violência das guerras”, continuou, “só torna a condição humana mais paradoxal: por um lado, sentir o poder avassalador da tecnologia que determina seus dias; por outro lado, sentir-se incerto e confuso sobre seu futuro”.
Neste contexto, recordou o Arcebispo Fisichella, “Peregrinos da Esperança” foi escolhido para o tema do Jubileu.
“Exprime a necessidade de dar sentido ao presente para que possa ser preparatório para um verdadeiro impulso no futuro, a fim de abraçar e responder aos vários desafios que surgem de tempos em tempos.”
A importância dos jubileus para a vida da Igreja
Em uma carta recente dirigida ao arcebispo Fisichella, o Papa Francisco observou que “o Jubileu sempre foi um evento de grande significado espiritual, eclesial e social na vida da Igreja”.
Recordou que desde o ano de 1300, que marcou o primeiro Ano Santo, “o povo santo e fiel de Deus vive esta celebração como um dom especial da graça, caracterizado pela remissão dos pecados e, em particular, pela indulgência, que é expressão da misericórdia de Deus”.
Na Igreja, um Jubileu, ou Ano Santo, é um grande evento religioso.
Um Jubileu é “ordinário” se cai após o período habitual de 25 anos, e “extraordinário” quando é proclamado por algum evento notável.
O último Jubileu ordinário aconteceu no ano 2000 durante o pontificado do Papa São João Paulo I. Em 2015, o Papa Francisco proclamou um Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.
O que esperar em breve
Após o verão, observou o arcebispo Fisichella, o site oficial do Jubileu e o aplicativo relacionado estarão disponíveis.
“Ambos serão ferramentas para ajudar os peregrinos a participar plenamente dos eventos propostos, facilitando a experiência espiritual e cultural da cidade de Roma. De fato, além da importante Carta do Peregrino, o portal do Jubileu conterá notícias, notas históricas, informações práticas, serviços e ferramentas multimídia, em dez idiomas disponíveis ao peregrino e de fácil acesso para pessoas com deficiência”.
O Dicastério já vislumbra grandes eventos e destacou que será dada atenção especial às seguintes categorias: “Famílias, Crianças, Jovens, Movimentos e Associações, Idosos, Avós, Deficientes, Esportes, Doenças e Saúde, Universidades, Mundo do Trabalho , Coros e Coros, Confrarias, Sacerdotes, Pessoas Consagradas, Católicos Orientais, Catequistas, Pobres, Presos e muitos outros…”
Um calendário estará pronto até o final do ano para permitir tempo de organização adequado para os peregrinos e agências relacionadas.
