O carnaval, um dos eventos mais amados e celebrados em muitas culturas, existe há vários séculos. A sua origem está enraizada em antigas festividades que sofreram alterações ao longo dos tempos e pela influência de várias culturas.
As raízes do carnaval são encontradas nas antigas celebrações romanas da Saturnalia, um festival de Saturno, o deus da semeadura e da colheita. Foi um evento celebrado anualmente em meados de dezembro que durou sete dias com atividades como banquetes públicos e festividades carnavalescas. O uso de máscaras e fantasias ocorreu durante o último dia das comemorações da Saturnália.
De Roma, a festividade se espalhou pela região do Mediterrâneo e foi posteriormente adotada pela Igreja Católica. A Igreja modificou o festival e o renomeou como Carnaval para conectá-lo com as crenças cristãs católicas das massas. O carnaval tornou-se uma forma de preparação para o período de jejum e introspecção da Quaresma, evento católico em que as pessoas se preparam espiritualmente antes da Páscoa.
No século XV, a procissão do Carnaval passou por várias mudanças, incluindo uma maior variedade de fantasias e máscaras, bem como a adição de tambores e música. Em muitos países, como Brasil e Trinidad, o Carnaval tem sido uma fonte de identidade cultural e nacional.
Na Rússia, durante o domínio soviético, todas as atividades religiosas foram limitadas e a Quaresma Cristã, o Carnaval e a Maslenitsa (a versão russa do Carnaval) foram proibidos. Após a dissolução da União Soviética em 1991, a Maslenitsa e outras festas religiosas foram restauradas e o Carnaval recuperou seus antigos costumes e tradições.
Hoje, o Carnaval é comemorado em muitas partes do mundo, da América do Sul à Europa, África e Caribe. Máscaras, fantasias, tambores, festas e desfiles continuam a fazer parte das festividades na celebração do Carnaval, um evento com uma história profunda e raízes que continuam a transcender através dos tempos.