A YourArt tem a ambição de expor e vender obras de artistas amadores e profissionais
Uma nova plataforma digital dedicada à arte foi lançada hoje pelo chefe do grupo francês Publicis, Maurice Levy, informou a AFP.
A ideia é que no futuro ela se torne uma “rede social de arte”. O projeto, denominado YourArt, tem a ambição de expor e vender obras de artistas amadores e profissionais.
Queremos que ela “se torne a principal plataforma mundial de arte e tecnologia, com o maior número de artistas, galerias, colecionadores e entusiastas”, disse Levy, que é presidente do conselho de supervisão de comunicações da empresa.
O francês, de 81 anos, junta neste projeto duas das suas paixões – a arte e a tecnologia. Esta é uma aventura familiar que Maurice Levy começou com seu filho Stefan, vice-presidente da YourArt.
O responsável da “Publicis” investiu inicialmente nove milhões de euros “com a sua família e amigos”. Entre os sócios do projeto está Henry Kravis, bilionário e fundador do fundo americano KKR.
Qualquer artista pode subscrever (entre 10 e 30 euros por mês) para expor as suas obras – desde um simples portefólio a uma galeria virtual 3D.
O projeto é voltado tanto para criadores consagrados quanto para amadores, sem fazer uma seleção especial – um modelo que lembra a plataforma do YouTube, observa a AFP.
Artistas e galerias também podem oferecer obras de arte, e o site receberá entre cinco e dez por cento de comissão.
“Eu amo arte”, diz Levy, colecionador dos artistas franceses Pierre Soulages e Jean Dubuffet, e também ex-presidente do Palais de Tokyo, um centro de arte moderna e contemporânea em Paris.
“Por volta de 2008, me deparei com um estudo que me impressionou: mostrava um número incrível de artistas amadores e sua frustração por não poder mostrar seus trabalhos. Foi assim que tive a ideia de oferecer a maior galeria do mundo”, conta.
“Estamos criando uma plataforma francesa, com ambições europeias em 2024 e depois globais”, enfatizou Maurice Levy.
A YourArt já conta com 22 funcionários. A plataforma será enriquecida com novos recursos, como tokens insubstituíveis e um sistema de mensagens para criar uma “rede social para a arte”.
Não está previsto receber ajuda pública “para podermos trabalhar livremente”, enfatizou Levy, citado pela AFP.
Foto ilustrativa por picjumbo.com: https://www.pexels.com/photo/person-using-laptop-computer-during-daytime-196655/