Quais são as substâncias que a organização acredita que deveriam ser proibidas
Alguns podem zombar dos ambientalistas Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), mas nos últimos anos eles conseguiram impor várias de suas regras.
Roupas e acessórios feitos de pele de animal com pelos agora são considerados kitsch inaceitáveis no mundo da moda e há muito são substituídos por materiais sintéticos. Agora, porém, a PETA quer ampliar a lista de materiais com os quais não quer que a indústria têxtil trabalhe.
Pele animal, lã, seda – todos os materiais que a organização acredita que deveriam ser banidos.
Desde 2020, o rosto desta parte das campanhas da PETA é a atriz Alicia Silverstone. Para complementar sua mensagem, Silverstone é retratada usando um par de botas de cowboy feitas inteiramente de uma alternativa vegana à pele animal.
Segundo informações do site da PETA, a rejeição de peles de animais tem duplo impacto – salva os animais e protege o meio ambiente, porque as peles de animais exigem mais processamento e consumo de água e energia elétrica para seu processamento. O couro vegano, por outro lado, é muito mais econômico.
Atualmente, as alternativas de couro vegano são produzidas a partir de cactos, vários tipos de cogumelos e até de cascas de maçã.
Existem também opções de poliuretano e uma variedade de fontes de plástico. O couro vegano já está sendo usado por várias marcas de “fast fashion”, mas marcas de estilistas de elite ainda se recusam a substituir completamente o couro natural pelo couro artificial.
O problema é que o couro vegano não se compara ao couro natural em termos de durabilidade.
Segundo especialistas citados pela Vogue, as peças de couro genuíno duram entre 2 e 5 anos com uso moderado e boa manutenção. Em alguns casos, a vida útil dessas mercadorias pode chegar a 10 anos ou mais se o couro for de qualidade superior e for cuidadosamente cuidado e limpo.
O couro vegano é mais fino e, portanto, menos durável. Ele se desgasta com mais facilidade, arranhões e danos são mais visíveis e a vida média desse produto não excede 2-3 anos.
Portanto, não é de surpreender que marcas de moda caras queiram seus logotipos em couro genuíno. Mas e as campanhas da PETA contra a lã e a seda?
A organização inicia sua campanha contra a lã com um clipe que supostamente pretende mostrar a violência com que as ovelhas são tosquiadas. Juntamente com a filmagem da tosquia de ovelhas, a PETA também capturou várias estrelas da realidade britânica e influenciadores reagindo fortemente ao que viram.
Alguns ficam indignados, outros começam a chorar, com uma das participantes do reality Love Island dizendo que achava que eles estavam “apenas tosquiando as ovelhas”.
Os conservacionistas estão convencidos de que os animais sofrem assédio e estresse insuperável durante a tosquia e, portanto, é melhor desistir em massa dos produtos de lã. À primeira vista, isso parece mais fácil do que usar couro totalmente vegano, porque a lã tem alternativas de qualidade.
A lã pode ser substituída por linho, algodão, bambu, lyocell e alguns tecidos totalmente sintéticos que, quando tecidos bem finos, lembram a lã.
No entanto, com seu apelo “Salve as ovelhas”, a PETA ignora o fato de que as ovelhas devem ser tosquiadas em um determinado período de tempo, caso contrário, elas começam a sofrer.
O velo longo e sem manutenção começa a causar coceiras nas ovelhas, irritações na pele, sobrecarregando-as e impedindo-as de se moverem livremente. O velo não tosquiado também pode ser um ambiente favorável para carrapatos, pulgas e piolhos, e o corte adequado definitivamente não deve causar dor ao animal.
Para uma remoção indolor da lã, existem várias posições que os criadores devem aprender nas quais as ovelhas não sentem dor.
Quanto ao vídeo que a PETA está distribuindo, é de 2014 e é da Austrália. Ele mostra fazendeiros enfurecidos chutando e socando ovelhas e depois tosquiando-as literalmente a ponto de sangrar.
O Ministério da Agricultura reagiu imediatamente e declarou a filmagem como um caso isolado e de crueldade injustificada contra os animais, que não deve ser incentivada em hipótese alguma.
Por último, mas não menos importante, a organização de proteção da natureza também quer a proibição do uso de seda natural e a declara incompatível com um estilo de vida vegano.
A seda é obtida após a fervura dos bichos-da-seda, em um período em que eles formaram uma quantidade suficiente de fios ao redor de seu corpo. Em seu site, a PETA explica que os insetos são na verdade criaturas sencientes capazes de experimentar estresse, dor e sofrimento e, portanto, fervê-los é bárbaro.
A seda natural pode ser substituída por tecidos de nylon, poliéster e cetim sintético.
E, nesse caso, a organização provavelmente terá um problema com as grifes, porque nenhuma das alternativas à seda tem suas qualidades. Os tecidos artificiais amassam com muito mais facilidade, rasgam com mais facilidade e, por último, mas não menos importante, vaporizam a pele.
Quanto ao sofrimento dos bichos-da-seda – até agora não há muitos estudos que mostrem conclusivamente que os insetos podem realmente ter sentimentos como medo e tristeza.
Foto de Trinity Kubassek: https://www.pexels.com/photo/sheep-288621/
