A lei anti-homossexualidade de Uganda está fundamentalmente em desacordo com os valores do Banco Mundial, diz instituição financeira
O Banco Mundial disse que suspenderá novos empréstimos a Uganda por causa de uma polêmica lei anti-LGBTQ que foi condenada por vários países e pelas Nações Unidas, informou a Reuters.
Uma equipe do Banco Mundial visitou Uganda imediatamente após a entrada em vigor da nova lei em maio. Especialistas constataram que medidas adicionais precisam ser tomadas para garantir que o governo implemente os projetos de acordo com os padrões sociais do banco.
“Nosso conselho de administração não considerará fazer novos empréstimos até que a eficácia das medidas adicionais seja verificada”, afirmou o banco em comunicado. As medidas em questão estão sendo discutidas com as autoridades de Kampala.
“A lei anti-homossexualidade de Uganda está fundamentalmente em desacordo com os valores do Banco Mundial. Acreditamos que nossa visão de erradicar a pobreza… só pode ser bem-sucedida se todos forem incluídos, independentemente de raça, gênero ou sexualidade”, acrescentou. a organização internacional.
“Continuamos comprometidos em ajudar todos os ugandenses, sem exceção, a sair da pobreza, obter acesso a serviços essenciais e melhorar suas vidas”, enfatiza o Banco Mundial.
Depois que seu novo chefe, Ajay Banga, assumiu o cargo em junho, 170 organizações da sociedade civil exigiram que ele tomasse “ações concretas e oportunas” contra a nova lei de Uganda, incluindo o congelamento de futuros empréstimos ao país.
Grupos de direitos humanos condenaram a lei anti-LGBTQ, que prevê a pena de morte para “homossexualidade agravada” – um crime que inclui a transmissão sexual de HIV/AIDS – e 20 anos de prisão por “promover” a homossexualidade.
Foto ilustrativa de Akandwanaho TarzanLyts: https://www.pexels.com/photo/women-wearing-colorful-robe-9922916/