23.8 C
Bruxelas
Wednesday, May 1, 2024
EuropaGreenwashing: como as empresas da UE podem validar as suas alegações verdes

Greenwashing: como as empresas da UE podem validar as suas alegações verdes

AVISO LEGAL: As informações e opiniões reproduzidas nos artigos são de responsabilidade de quem as expressa. Publicação em The European Times não significa automaticamente o endosso do ponto de vista, mas o direito de expressá-lo.

TRADUÇÕES DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Todos os artigos deste site são publicados em inglês. As versões traduzidas são feitas por meio de um processo automatizado conhecido como traduções neurais. Em caso de dúvida, consulte sempre o artigo original. Obrigado pela compreensão.

Novas regras para as empresas cumprirem a proibição da UE de lavagem verde de produtos. As comissões do Mercado Interno e do Ambiente adotaram na quarta-feira a sua posição sobre as regras sobre como as empresas podem validar as suas alegações de marketing ambiental.

A chamada directiva sobre alegações verdes complementa a já aprovada proibição da UE ao greenwashing. Define que tipo de informação as empresas devem fornecer para justificar as suas reivindicações de marketing ambiental no futuro. Também cria um quadro e prazos para a verificação de provas e aprovação de reclamações, e especifica o que acontece às empresas que infringem a lei.

Sistema de verificação e penalidades

Os eurodeputados concordaram com a Comissão que as empresas deveriam submeter quaisquer futuras alegações de marketing ambiental para aprovação antes de as utilizarem. As reclamações seriam avaliadas por verificadores credenciados no prazo de 30 dias, conforme texto aprovado. As empresas que violarem as regras podem ser excluídas dos contratos públicos, perder as suas receitas e enfrentar uma multa de pelo menos 4% do seu volume de negócios anual.

A Comissão deveria elaborar uma lista de alegações e produtos menos complexos que poderiam beneficiar de uma verificação mais rápida ou mais simples, afirmam os eurodeputados. Deverá também decidir se as alegações verdes sobre produtos que contêm substâncias perigosas devem continuar a ser possíveis. Os eurodeputados também concordaram que as microempresas deveriam ser excluídas das novas obrigações e as PME deveriam ter mais um ano antes de aplicarem as regras.

Compensação de carbono e reivindicações comparativas

Os eurodeputados confirmaram a recente EU proibição de reivindicações verdes baseadas exclusivamente nos chamados esquemas de compensação de carbono. Especificam agora que as empresas ainda podem mencionar regimes de compensação se já tiverem reduzido as suas emissões tanto quanto possível e utilizar esses regimes apenas para emissões residuais. Os créditos de carbono dos esquemas devem ser certificados, conforme estabelecido no Estrutura de Certificação de Remoções de Carbono.

Regras especiais também se aplicariam a alegações comparativas (ou seja, anúncios que comparam dois produtos diferentes), inclusive se os dois produtos forem fabricados pelo mesmo produtor. Entre outras disposições, as empresas devem demonstrar que utilizaram os mesmos métodos para comparar aspectos relevantes dos produtos. Além disso, as alegações de que os produtos foram melhorados não podem ser baseadas em dados com mais de cinco anos.

Parâmetros

Relator do parlamento Andrus Ansip (Renew, EE) para a Comissão do Mercado Interno afirmou: “Estudos mostram que 50% das alegações ambientais das empresas são enganosas. Os consumidores e os empresários merecem transparência, clareza jurídica e igualdade de condições de concorrência. Os comerciantes estão dispostos a pagar por isso, mas não mais do que ganham com isso. Congratulo-me com o facto de a solução proposta pelos comités ser equilibrada, trazer mais clareza aos consumidores e, ao mesmo tempo, ser, em muitos casos, menos onerosa para as empresas do que a solução originalmente proposta pela Comissão.»

Relator do parlamento Cyrus Engenheiro (S&D, MT) da Comissão do Meio Ambiente disse: “É hora de acabar com o greenwashing. O nosso acordo sobre este texto põe fim à proliferação de alegações ecológicas enganosas que enganam os consumidores há demasiado tempo. Também garante que as empresas tenham as ferramentas certas para adotar práticas genuínas de sustentabilidade. Os consumidores europeus querem fazer escolhas ambientais e sustentáveis ​​e todos aqueles que oferecem produtos ou serviços devem garantir que as suas alegações verdes são cientificamente verificadas.»

Próximos passos

O projecto de relatório foi aprovado por 85 votos a favor, 2 contra e 14 abstenções. Será agora submetida a votação numa próxima sessão plenária e constituirá a posição do Parlamento em primeira leitura (provavelmente em Março). O processo será acompanhado pelo novo Parlamento após as eleições europeias de 6 e 9 de junho.

- Propaganda -

Mais do autor

- CONTEÚDO EXCLUSIVO -local_img
- Propaganda -
- Propaganda -
- Propaganda -local_img
- Propaganda -

Deve ler

Artigos Mais Recentes

- Propaganda -