O Tribunal Nacional de Asilo francês (CNDA) decidiu pela primeira vez conceder asilo a um cidadão russo que foi ameaçado pela mobilização na sua terra natal, escreve o “Kommersant”.
O russo, cujo nome não foi divulgado, foi a tribunal depois de lhe ter sido recusado o asilo pelo Gabinete Francês para a Protecção dos Refugiados e Apátridas (OFPRA).
No ano passado, depois de ter sido recusado pelo OFPRA, o russo de 27 anos foi a tribunal, mas depois o tribunal considerou os seus argumentos pouco convincentes.
Desta vez, a existência de uma intimação entregue ao russo ajudou a convencer o tribunal, disse a advogada Yulia Yamova ao Kommersant. Segundo ela, os juízes estavam convencidos de que um graduado de uma universidade russa, matriculado na reserva após se formar no departamento militar, poderia de fato ser convocado para participar de operações militares.
“Durante muito tempo, as autoridades francesas não puderam acreditar que uma pessoa que nunca tinha servido no exército e não tinha recebido formação adequada fosse sujeita ao recrutamento e enviada para a frente”, disse Yamova.
O advogado acrescentou que desta vez o tribunal francês também teve em conta as opiniões de especialistas que consideram que a campanha de recrutamento no âmbito da “mobilização parcial” foi realizada em 2022 com inúmeras violações da lei: “Por exemplo, em formal não -tempo de guerra, o direito ao serviço público alternativo não foi concedido.
Segundo Yamova, após a introdução das intimações eletrónicas na Rússia, será mais fácil provar em tribunal em França a existência de uma ameaça de mobilização – aqueles que desejam receber asilo como prova de serviço militar só precisarão de ter uma cópia eletrónica do a intimação nas repartições estaduais.